sábado, 30 de abril de 2011

Casório Real Parte II

           Como comentei sobre a expectativa para o casamento real achei que devia comentar após a cerimônia caso algo tivesse me chamado a atenção. Algumas considerações. Em relação à cobertura jornalística, algo que adoro acompanhar até como projeto de estudo, posso dizer que vi em três canais diferentes (CNN, GloboNews e GNT) e alguns lances no E! Entreteniment. É incrível como o formato jornalístico pode vir a calhar em diversas ocasiões especiais e funcionar muito bem. Me parece que quando os assuntos são mais "sérios" o jornalismo se sai melhor. Quando o assunto é muito popular ele se retrai um pouco. Pode ser impressão minha mas a sempre competente CNN ontem foi um pouco decepcionante. Claro que no show de imagens ela foi sem igual mas pecou na transmissão humana. Faltaram comentários pertinentes e mais especialistas. Basicamente os assuntos eram moda e a agenda impecável do evento. O horário de cada movimentação era cronometrada minuto a minuto, o que foi legal, mas parou por aí. 
            A GloboNews também decepcionou. Eu esperava muito dela, quem acompanhou o trabalho nas eleições do ano passado sabe. Em relação ao casamento real não rolou. Ficou engraçado. Eram quatro pessoas  desconfortáveis nas posições que ocupavam e que pareciam não arrumar o compasso de jeito nenhum. Os comentários sobre moda não eram muito consistentes e os fatos históricos entravam de maneira não-orgânica  abrangendo a história da realeza ao invés de focar nos impactos políticos do casamento real para o futuro da Inglaterra (algo a meu ver muito mais interessante). Apesar dos especialistas competentes e dos apresentadores corretos no que deveriam fazer a química não rolou. Um fato pra refletir: em um dado momento eles chamam uma das correspondentes que estavam no meio da multidão na hora em que a polícia permite a aproximação do público junto ao castelo para acompanhar o beijo da sacada de Buckingham. Ao vivo, por telefone ela conta a emoção de estar naquela confusão toda, em frente as grades do castelo e nós só escutamos ruídos e a voz dela falhando. É isso, ela entrou ao vivo pra falar como estava emocionada. Mas aquela multidão se aproximava para ver o beijo, e ela (a repórter) nem câmera tinha! Ou seja, toda aquela ação foi uma ótima experiência pra ela mesma. O que ela, como profissional, poderia nos passar naquele momento? Ela conseguiria melhor registro que  nós, que de casa podíamos ver o esperado beijo em close e em ângulo muito melhor que o dela, que estava lá embaixo? Então cadê o registro?
        Já a química que rolou mesmo foi na transmissão do GNT. Eu não esperava muito, confesso, mas as surpresas vem assim. Impressionante a combinação entre informação precisa (pareciam que estavam vendo a CNN) e uma descontração que, é difícil conseguir em televisão ao vivo eu sei, mas que é fundamental para este tipo de evento. Ninguém quer ver o tempo inteiro a agenda completa do evento ou saber o motivo da quebra da dinastia que culminou na atual linha de sucessão. As meninas Lilian Pacce e Julia Petit falaram de moda com propriedade e o professor de História da PUC-Rio, Maurício Parada, (com quem tive aula) foi excelente nos comentários. A apresentadora Astrid Fontenelle foi segura ao comandar o barco, distribuindo bem os comentários que entravam nas horas apropriadas e nunca pareciam forçados. Além disso um rapaz, (fico devendo o nome dele), fazia entradas ao vivo direto de Londres pela internet que eram totalmente relevantes com os assuntos discutidos e que complementavam inclusive o que o professor explicava e vice-versa. Ele, claro, passando a vivência de estar em Londres naquele momento e os impactos do evento para a população. Ele não estava no meio da multidão mas comentou sobre a lotação dos pubs, do clima de final de copa do mundo e do decreto de feriado nacional. Ele e o professor discutiram a relação entre a imagem da realeza e a plebeia, quem precisa mais de quem? Comentou também da rixa histórica entre ingleses e escoses que, descontentes, decidiram não celebrar em massa o casamento britânico. Foi uma aula de tv ao vivo, de história e de moda. 


Foto: Reprodução site GNT

Quem sabe faz casamento ao vivo.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

"Babies"

           Estava lendo meu site favorito sobre cinema (cinemaemcena.com.br) e descobri um filme  que  estreou a pouco em alguns cinemas. É um documentário, "Babies", que acompanha o dia-a-dia do primeiro ano de vida de quatro bebezinhos. Acho que a grande sacada é acompanhar a rotina dos nenéns de diferentes nacionalidades e mostrar que não importa seu lugar de origem, somos todos seres humanos.  O roteiro e a direção ficam por conta de Thomas Balmes que garante algumas tomadas inacreditáveis que mostram como somos pequenos animalzinhos. As crianças são nascidas nos Estados Unidos, Namíbia, Mongólia e Japão. O diretor ilustra bem a distância social e cultural que as separam, mas sobretudo confere a universalidade de seus gestos que nos relembram como no fundo, somos todos iguais. O trailer já conquista o espectador.

Vídeo : Reprodução Youtube
Fofuras dos quatro cantos do mundo. 

Atualização: Se o vídeo não estiver funcionando acesse no Youtube: BABIES OFFICIAL TRAILER

terça-feira, 26 de abril de 2011

Fama instantânea

        Esse vídeo rodou no youtube ano passado senão me engano. Mesmo assim, depois de assistí-lo novamente resolvi colocar aqui porque é muito engraçado. A história é a seguinte: uma casa foi arrombada num subúrbio dos Estados Unidos dentro de uma comunidade tipo a COAB. O assaltante tentou estuprar a irmã de um menino que conseguiu espantar o cara com uma faca. Eu sei, até aqui não parece engraçado. Fato é que depois do acontecido muitas emissoras de televisão se deslocaram para o local para apurar o caso. E foi aí, durante a entrevista que surgiu o fenômeno. O garoto, Antoine Dodson, que aparece no vídeo é o irmão da menina, Kelly, e o seu depoimento virou hip hop nas mãos de internautas que assistiram a entrevista e tiveram a grande ideia de remixar toda a fala dele. Depois desse caso, remixar falas de pessoas até virou moda.
       Aparentemente o episódio do arrombamente vinha acontecendo com certa frequência naquela comunidade, e é sobre toda essa confusão que a letra da música se trata. Isso mesmo, o relato virou música, "Bed Intruder" (Intruso de cama) e é hit até hoje. Essa música ficou na minha cabeça por um tempo, é uma sacada muito legal. Mas, o que será que aconteceu com esse menino depois de tudo? Pelo que procurei na internet ele fez algumas apresentações em shoppings, festivais de hip hop, mudou o visual e se tornou uma celebridade instantânea. A música em questão teve até uma versão especial para uma  premiação  entre os melhores do hip hop. Vendo casos como esse percebemos tamanho  poder que a internet tem para produzir qualquer tipo de coisa, e pra se tornar um canal por onde as pessoas deixam rolar a imaginação. É algo nunca antes visto na história, sem brincadeira.  Vale a pena ver!



Vídeos : Reprodução Youtube

Será que ele tá ganhando dinheiro com isso pelo menos?

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Rumo ao sucesso?

        Nesta última semana, de 18 a 22 de Abril, testemunhei uma série de reportagens do Jornal da Globo sobre infraestrutura aeroviária no Brasil. Foram cinco reportagens, seguidas. Confesso que achei um pouco exagerado, cheguei até a pensar em algum tipo de pressão, sei lá. Mas a verdade é que, quanto mais eu via as matérias mais chegava a conclusão de que estamos meio perdidos na questão da infra-estrutura viária, não é só aeroviária não!
       Eu não sou uma frequentadora de ponte aérea então de minha parte não há muito das reclamações recorrentes que a gente vê e escuta. Os voos que peguei até hoje eram internacionais, partindo do Rio e com os quais não tive problemas. Apesar disso, estive em aeroportos e posso fazer aqui algumas comparações. Em janeiro deste ano peguei um voo Rio-Dallas, 11 horas de viagem. A impressão do aerporto  internacional de Dallas (Dallas-Fortworth), frisando esta cidade do Texas para mostrar que não estava em nenhuma cidade modelo americana, foi impressionante, parecia que estávamos em um museu moderno, os pisos dos terminais pareciam os caminhos da praia de Copacabana só que coloridos e feitos de mármore , os carpetes felpudos que recepcionam os turistas saídos da aeronave despertavam uma vontade de deitar e dormir bem ali. Além disso, depois de confundirmos muitas vezes o terminal para o próximo voo, pudemos passear por todo o aeroporto e em algum momento tivemos a sensação que tínhamos de fato, o deixado, tamanho alcance do trenzinho que nos levava de terminal para terminal. A volta era tão grande que chegamos muito perto de uma rodovia que já tinha tráfego intenso às seis horas da manhã.

Foto: reprodução web
        Mas até aqui tudo bem o aerporto de Dallas é novinho em folha. Pouco depois estivemos no JFK, aeroporto internacional de Nova York , que apesar de bem mais antigo funcionava dignamente, e o La Guardia (NYC) que, equivalendo ao Santos Dumont de Nova York, recebe voos internacionais e, apesar de ser menor também não deixa a desejar em termos de serviços e infra-estrutura.  Já o aeroporto havaiano impressiona pelo clima tropical investido; grandes árvores, flores e um jardim enorme entre um terminal e outro dão um clima de férias sem perder o compromisso com o serviço.  Parece injusto fazer essas comparações podem pensar, na verdade não é. O que falta para o Brasil se acostumar e se comportar como um grande país? Dinheiro não é problema! O que é então? O governo diz que está tudo bem e a opinião pública acredita que isso pode afetar a imagem do Brasil com os eventos esportivos de 2014 e 2016.

Foto: reprodução web

Será que o Brasil decola?


domingo, 24 de abril de 2011

Casório Real

          O casamento entre Kate Middleton e o príncipe William está em evidência pois os votos serão firmados na próxima sexta-feira dia 29 de Abril e a mídia (quase) inteira está em polvorosa. Os anúncios na televisão chegam a cansar, tem CNN, Globo News, E! Entreteniment Television, GNT, vai ser cobertura que não acaba mais e eu não posso enganar ninguém, também estou curiosa. A verdade é que este é o primeiro casamento real da minha geração  e acompanhar o glamour e a formalidade desta cerimônia em terras distantes causa um certo interesse. Além da nossa curiosidade feminina sobre qual vestido Kate irá usar e que penteado escolherá , todo o bafafá sobre o casamento real também suscita algumas questões que ficam meio esquecidas com o passar do tempo. 
         Na verdade é nessas horas que paramos (pelo menos eu) pra pensar como funciona esse negócio de Monarquia. Como ela sobrevive há tanto na Inglaterra? (em outras terras também existe, mas a impressão é de que na Inglaterra tem força como nenhuma outra). Tenho certeza que isso é assunto para sociólogo e cientista político mas eu como leiga poderia ensaiar algumas teses. Um regime monárquico é plausível nos dias de hoje? Como funciona a relação entre parlamento e realeza?    
        Eu cheguei a algumas conclusões. Infelizmente nenhuma delas responde às perguntas acima. É o seguinte: acho que pode (e deve) haver renovação na monarquia afinal todo regime que se preze deve acompanhar o ritmo político e ideológico de sua época, ainda mais aquele que quer permanecer no poder. O processo de sucessão ao trono é  lento e ele é invariavelmente ocupado por alguém maduro o bastante. Claro que imaginar um trono real comandado por um bando de jovens insanos é meio rock n`roll mas onde estão as ideias frescas, aquele progresso forçado? O que percebo da Monarquia Britânica é (quase) a repetição dos mesmos hábitos. Enquanto o mundo mudou a rainha continua a expedir  seus certificados de benção de casamentos oficiais, permitindo a união dos dois jovens. Definitivamente, a rainha não é pop.
 
Foto: reprodução web
 
Felizes para sempre?

Start

       A ideia de escrever este blog surgiu de uma mente um pouco inquieta que procura no mundo virtual algumas outras mentes inquietas para partilhar pensamentos e dividir (ou não) opiniões. Minha ideia é escrever sobre assuntos atuais e diversificados, por isso não se espantem se se depararem com uma receita de bolo ou uma análise sobre o paradigma social na pós-modernidade. Ele é feito para expressar a minha opinião mas sobretudo para "escutar" as diversas opiniões existentes. Antes de tudo é preciso orientar-lhes: não esperem opiniões de senso comum partindo da autora mas sintam-se livres para expressar as suas se assim forem. Fiquem à vontade e como diria meu pai," alea jacta est" (a sorte está lançada)!!!